quinta-feira, 7 de julho de 2016

A CRIATURA ENGOLIU O CRIADOR

Quinta-feira, 07 de Julho. A política brasileira tem uma relação estreita com o inverno. Paradoxalmente, é no frio que as coisas pegam fogo em Brasília. Se for contar Agosto, tem evento pra lá de quente. E Eduardo Cunho decidiu nos brindar com mais um em Julho. Renunciou, hoje, à Presidência da Câmara dos Deputados – já longe de ocupar o cargo outra vez – em mais uma manobra.

Engana-se quem acreditou nas razões expostas por Cunha. Que dirá quem chorou junto às lágrimas do deputado. Há de se convir que, de longe, Cunha foi a maior raposa já vista nos últimos tempos, em Brasília. O problema é que, tamanhas eram a inteligência e a reincidente desfaçatez, que ele não contaria com o próprio azar. Também pudera: responsável por encabeçar a resistência ao mais longo processo de cassação da história da Comissão de Ética (enquanto isso o processo ainda tramita), é também o algoz de Dilma Rousseff pela abertura do processo de Impeachment da Presidente.

Há, sem dúvida, planos muito maiores do que as mais criativas mentes possam imaginar. Mas trata-se, inequivocamente, de um derrota ao deputado. Cunha se viu forçado a renunciar, mesmo repetindo seguidas vezes, ao longo das últimas semanas, que não o faria. O presidente afastado da Câmara criou uma criatura maior que si mesmo e, portanto, de insustentável domínio.

Eduardo Cunha, em tom nauseantemente emocionado, decidiu pela renúncia para encontrar um breve suspiro de esperança em sua carreira política. Digo como político, de fato! E não como o ator de lobby que sempre foi.

Enquanto isso, a Comissão de Ética anda tal qual um saci. O novo relator do processo aconselha a comissão a anular a última votação favorável a cassação do deputado. Cunha fez filhotes.

As cenas dos próximos capítulos são claras, o que tira o interesse do público. Cunha fez um acordo com o Planalto e com o chamado “Centrão” para que o próximo presidente da casa seja “um dos seus”.

Do Planalto, o que vem não mais me assusta. Acredito quando Temer diz que não possui objetivos eleitorais. Uma candidatura do presidente interino em 2018 seria, no mínimo, vontade de rasgar dinheiro. O que espanta é a ação deste partidos que compõem o centro de se aliarem ao que há de mais tosco e escroque no cenário político nacional, ignorando toda a revolta popular que acontece, não distante, às margens do próprio Congresso Nacional.

E nessa, a população espera a condenação de Cunha pelo STF; o fim do mandato de Bolsonaro, por motivos que se tornam redundantes se expostos depois da palavra “Bolsonaro”; dentre outras coisas.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

A Melancolia da Derrota

Domingo. 17 de Abril do ano de 2016. Qualquer brasileiro que ligasse a TV a partir das 14h estava apto a assistir qualquer coisa, menos política! O que tomou conta do país ontem foi um processo que não fez vitoriosos. Mas serviu para afundar ainda mais suas vítimas: aqueles mesmos brasileiros que ligaram a TV.

O circo armado na Câmara Federal e, posteriormente, a apresentação das atrações principais deste circo corroeram a esperança do país em dias melhores. Claro que é público e notório o erro ao tentar resolver a atual situação brasileira com um processo de impeachment. Mas ontem foi diferente. Ontem a democracia assumiu estritamente o papel de dar voz a todos. E deu! Deu voz, inclusive, a quem não tinha nada de bom a falar. Deu voz a quem sabia o que falar e não falou. Deu voz a quem era melhor não ter falado. Deu voz a torturador, a fascista, a ladrão, a palhaço...

De todas as representações que usaram da palavra ontem, na Câmara, poucas me chamaram tanta atenção quanto a das mulheres favoráveis ao processo de cassação da Presidenta. Mulheres -  algumas negras, outras brancas - que falaram em prol do machismo melhor do que qualquer homem o faria na ocasião. Mulheres que ignoraram (ou na melhor das hipóteses e na mais ingênua, esqueceram) o que é ser mulher ao redor do mundo e, principalmente, no Brasil. Foram ao microfone corroborar com a ínfima participação feminina na política. Mulher que enalteceu o marido preso horas depois. Mulher que enalteceu o presidente da casa, que é contrário a ela.

Mas, verdade seja dita, tivemos as Jandiras, as Erundinas, as Marias...
Destaco aqui meu respeito pela Deputada Federal Margaria Salomão que fez e faz discursos brilhantes orgulhando homens e mulheres que, independente da ideologia apropriada por cada um, se identificam na convicção republicana da congressista.

Tivemos os Ivans, os Chicos, os Jeans que demonstraram a sensibilidade que o brasileiro consciente teria, naquele momento. Vimos horrores proferidos pelos abutres de sempre. Vimos Bolsonaro glorificando Ustra, o torturador. Vimos Deus votando. Nossa, como deus votou! Sinceramente, a pessoa que vos escreve não esperava isso de Deus. A família, a grande família brasileira se fez presente, reacionária como nunca. Infelizmente, alguns deputados ontem deixaram claro que não serão mais permitidas trocas de sexo de crianças, e isso é muito triste.
O processo beira à piada, mas é escárnio dos mais graves.

E a segunda-feira amanheceu áspera, até meio apagada. O desagrado dos derrotados impera nos vagões do metrô, nos pontos de ônibus, nas ruas em geral. Refiro-me aos 200 milhões de derrotados. Aos que nem sabem ainda que o são. Aos que vivem o (nem tanto) inocente vislumbre da ilusão. Brasília, ontem, pareceu uma metralhadora descontrolada, com poder de fogo suficiente para atingir todo o país. Cumpriu seu papel e se manteve de pé. A arquitetura de Brasília foi pensada no sentido de conferir a segurança dos congressistas, com seus gabinetes subterrâneos. Ontem, a história provou que até a arquitetura estava errada. Mais seguro seria submergir o resto do Brasil!

Que o episódio de ontem não levante nenhum brasileiro a lutar contra seu próprio povo. Por mais que a viabilidade do discurso "mas lá é a representação do povo que temos" seja verdadeira, vale a pena lembrar a informação veiculada pela Mídia Ninja: Só 36 daqueles deputados foram eleitos por seus próprios votos. Os outros 477 lá estão pelo sistema que soma votos de legendas e coligações. 
Que não nos levantemos contra o povo, mas sim contra o sistema falido, que já não representa mais nada a não ser a vontade escusa de congressistas abutres.

A melancolia da derrota está presente sim. O sumido Aécio Neves, em seu discurso de derrota nas eleições de 2014, disse: "a Presidente Dilma ganhou perdendo e nós perdemos ganhando". Era a primeira porta a ser aberta ao golpe. Mas, no dia de hoje, a frase faz sentido se considerarmos que qualquer um que se sentiu vitorioso, na noite de ontem, GANHOU PERDENDO.


sexta-feira, 1 de abril de 2016

O GOLPE DENTRO DO GOLPE

Parece repetitivo escrever sempre e, sobretudo, agora a respeito do assunto. Mais de uma vez, já foi dito aqui neste blog que a história política brasileira é cíclica. Os fatos recentes só comprovam a afirmação. O maior partido político da república sai do governo, pela primeira vez em quase 30 anos de redemocratização. E essa saída, embora nova, diz muito a respeito do passado.

Seria espantoso se não fosse explicável. O PMDB sempre contou com o oportunismo de suas bases e de seus caciques. A tática de maleabilidade que a sigla adotou para se perpetuar como coadjuvante no poder parece se esvair, agora. Mas só parece! Nenhum movimento do partido é abrupto ou impensado.

O que acontece de inédito neste momento é que, agora, há um racha considerável e visível que ameaça destruir a lógica adotada por seus integrantes ao longo do tempo. Nomes de peso como o da Ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e o do senador Roberto Requião (PR) - que foi bastante contundente ao criticar a jogada do partido e sugerir um golpe aplicado pelo Vice Presidente, Michel Temer - podem indicar uma crise interna.

Além de deliberar a entrega de, aproximadamente, dois mil cargos comissionados e os postos ocupados no segundo escalão do Governo Dilma, Temer e Eduardo Cunha fizeram valer a tática maquiavélica de abandonar o barco para pegar carona em outro. Usando um interlocutor conhecido pelo governo, a bancada decidiu engrossar os quadros da oposição federal por aclamação. Romero Jucá (RR) liderou as vozes dissonantes – porém, não consensuais – que debandaram da administração. Este, que já foi líder dos governos Lula e Dilma, agora adota de bom grado a estratégia traçada por Temer para enfraquecer Dilma e possibilitar a já dada como certa “administração Temer”.

Enquanto isso, se desenrola em rapidez inversamente proporcional ao processo de impeachment, o processo de cassação de Eduardo Cunha (RJ), atual e - pasmem - ainda Presidente da Câmara. Como se não fosse susto suficiente, terceiro na linha sucessória da presidência da república.

No Poder Judiciário, parece que a voz do juiz Sérgio Moro foi calada. Pelo menos, momentaneamente. Com indicação do procurador Janot, os ministros do STF decidiram ordenar que a “investigação” contra Lula seja tocada pela suprema corte, e não mais por Curitiba. Isso abre espaço para a possível aceitação da nomeação de Lula para a Casa Civil. Na interpretação de Teori Zavaski, o Supremo não pode interferir nas decisões - amparadas por lei – do Poder Executivo.

De resto, nos é imposto ir às ruas e lutar para que a democracia não seja perdida ou subtraída. Interesses escusos movem o processo de impeachment e arrastam grandes nomes da direita brasileira para um abismo de ódio e indignação seletiva que surpreendem os mais céticos.


O jeito seria esperar e apostar, se espera e aposta não fossem tão perigosas neste momento. É tempo de luta!

quarta-feira, 16 de março de 2016

Lula e o cerco

“O país está chocado, está atônito.” Não, o dia de hoje é “mais um dia normal” na recente história política brasileira. Não estou me dirigindo a eleitores. Dirijo-me à massa que não se permite entrar na discussão acéfala de “quem é o responsável”.

O episódio de hoje pode sim entrar para a história. Não é brincadeira um ex-presidente entrar para o hall dos ministros de um governo que ele mesmo se empenhou em eleger. De um governo que ele fez de tudo para eleger!
Lula na Casa Civil, ou em qualquer cargo do atual governo é um erro. Fomenta fanáticos e acirra o mata-mata que se tornou nossa política. Não é o fundo do poço porque, como o Brasil não é para iniciantes, sempre podemos nos surpreender. Mas, curiosamente, há uma explicação (que nada me agrada) para a jogada: não podemos esperar reações políticas equilibradas de ações jurídicas desequilibradas.

Quando a Presidenta Dilma fala que foi o seu governo que mais lutou contra a corrupção no país, ela não está errada. Qualquer ânimo exaltado pularia da cadeira com esta afirmação, mas analiticamente falando, legislativamente falando, nunca houve um combate intrínseco à corrupção como o dela. Medidas de coerção, PEC’s que neutralizariam parte da banda criminosa, redução de salários... Pode-se questionar a demora do processo, mas o processo em si, não.
Quanto a Lula, trata-se de um líder (embora o coro dos insanos não queira admitir, ainda é um) que, sentindo-se ameaçado, lança mão de todos os dispositivos legais à disposição para permanecer no posto de líder. Digo legais, visto que pode não ser imoral assumir tal cargo nesta altura do campeonato. Mas há uma cartilha pouco conhecida, por muitos esquecida, chamada Constituição Federal que assegura a Dilma o direito de montar o ministério que lhe convir. Comigo, com Lula, com Aécio, com você...

Lula não está assumindo qualquer tipo de culpa tomando esta decisão precipitada. É, apenas, uma resposta conturbada a um processo jurídico esquizofrênico que o torna réu da opinião pública. É sempre importante lembrar que ACHAR que alguém é culpado não torna esta pessoa culpada. É, até o momento, inclusive uma informação confirmada pela juíza de SP lotada de julgar o pedido de prisão preventiva, apenas uma suspeita! Não há provas.
Poderíamos estar discutindo até onde o insano Eduardo Cunha vai chegar, ou quanto tempo irá demorar para que Aécio, penta campeão em citações nas delações premiadas , pode seguir sem nenhum processo. Mas não: a discussão mais importante é como acabar com um governo que mal se mantém em pé por conta própria.

Não me convencem as bandeiras manifestantes que dizem “meu partido é o Brasil”, ou então “não importa qual o partido do corrupto, quero todos na cadeia.” Até porque, ironicamente, só se ouvem essas vozes quando a manifestação é claramente da direita.
Perdeu-se a sensibilidade para o simbólico, e o brasileiro só está focado no prático. O simbólico, neste caso, é estar numa manifestação anacrônica, onde uns pedem monarquia, outros ditadura, deposição, renúncia... Qualquer manifestação política séria prima pela unidade de raciocínio. E esta não está cumprindo a premissa.


Sinto que nada mais falta aos tímidos apoiadores da direita ou aos aguerridos, senão reconhecer que os heróis de outrora (Japonês da Federal, Eduardo Cunha exaltado na mesma manifestação num passado pouco distante, Aécio Neves) estão a léguas de vantagem do Lula na corrida para a forca. O problema da esquerda é, talvez, um fanatismo que a cega. O da direita é apontar o dedo para este mesmo fanatismo como se não estivesse fadada ao mesmo fracasso.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Remake de 64

Poderia até ser exagero, mas ao que tudo indica é premonição. De fato, 1964 parece não ter acabado e parece que 2016 foi o ano escolhido para o remake, ou a continuação.

A elite era a mesma: iludida e ilusória. Iludida da fraqueza do inimigo e ilusória da perseguição alheia. Ou melhor, da necessidade de perseguição alheia.
Aqui, não há meias palavras: "alheia" refere-se a Lula. A meia dúzia de famílias midiáticas brasileiras não suporta a ideia de escapar por entre seus dedos o mesmo erro. Não faz sentido algum permitir que o velho retome seu poder junto ao povo. E de tão cegas vislumbrando um objetivo, se esquecem ou apenas ignoram o fato de o poder do velho não pode ser retomado. Só se retoma o que foi perdido!

Só que, como tudo, ao passar dos anos a coisa se moderniza. Com o golpe não poderia ser diferente. A frente midiática está de mãos dadas com a frente da "justiça". Isso porque, podemos supor sem medo de errar, que a "justiça" anda querendo mídia e a mídia, por sua vez, que por em prática seu plano reprimido de virar justiça. 
Já o faz, uma vez que o que se veicula não é mais notícia, e sim julgamento!

Provando a tese, um juiz qualquer (qualquer, por enquanto!) pede a prisão preventiva (?) de um ex-presidente da república. Ora, é a de Collor e seus desvios de caráter comprovados? Ou então a de FHC e a manutenção de uma relação extra-conjugal com dinheiro público? Não, claro que não! Obviamente é a do operário que, vivendo no "país da impunidade" se aventurou em roubar um sítio para si, colocar ali uns patinhos da lagoa, e claro, comprar um estupendo...barco de lata.

Quero ser o primeiro a pedir a prisão de Lula, confirmados estes delitos. Porém, quero criar um novo artigo no código penal que abranja o crime de burrice contra o dinheiro público.
Sim, porque influente e bem relacionado como a mídia o pinta, roubar um sítio que nem é lá essas coisas e uns pedalinhos que nem motorizados são é muita burrice. "Quer roubar, que roube direito!"

Parece que perdemos a sensibilidade para o ridículo. Não é uma questão de defesa de maçãs menos podres. Se são podres, devem cair. Mas me desagrada a ideia de que ele, assim como qualquer civil, possa ter uma prisão preventiva decretada sem ao menos estar se opondo a qualquer investigação.

Lanço aqui uma proposta de reflexão e um aviso à dita oposição: esta semana, o que temos mais próximo de imprensa noticiou o possível convite feito pela Presidenta Dilma a Lula, lhe oferecendo um ministério. Cargo útil em tempos de caça às bruxas. Lembrando que, ocupando o cargo, ele teria foro privilegiado e se livraria dos Moros ou Consertinos da vida. Não só não o fez como desmentiu à mesma imprensa este convite.
Com isso, observando o curso do estado de exceção e do futuro estado de golpe deflagrado, estaria Lula deixando o barco correr?

Protejam-se, senhoras e senhores: com Lula preso, ninguém garante nada neste país! A oposição não vai conseguir domar o monstro criado.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Ano Novo, Política Velha

A virada do ano é o momento em que concentramos todas as energias ruins do ano que passou, juntamente com toda a esperança para o período que se inicia. É o período de eterno desejo de renovação que toma, não só brasileiros, mas qualquer nacionalista.

A julgar pelo grave momento que estamos passando, vale a pena refletir. E refletir, nesse sentido, vai além de se chegar a mesma conclusão, sempre: o Brasil vai mal. A proposta não é aceitar os fatos, mas entender os motivos.

A história é cíclica e, com o Brasil, não podia ser diferente. Na República Velha já se podia encontrar a mesma configuração parlamentar que temos hoje. O jogo político era igual e poderoso de tal forma que a única diferença de mais de 80 anos para cá, é que o disfarce melhorou. Se, no início do Governo Provisório, assumido por Vargas em 1930, o cerceamento do congresso era aplaudido e corroborado, sem exceção, pela mídia nacional, hoje em dia esta mídia adquiriu tamanho poder que pode facilmente se configurar como uma potência independente e seguir um rumo oposto ao do Estado. Explico! No início da Era Vargas – e até mesmo em regimes anteriores – já se observava que imprensa trabalhava em prol de seus interesses no Congresso. Estes interesses eram diretamente financeiros, visto que o Governo Federal mantinha determinados órgãos de imprensa sob gordas mesadas, que garantiam a manutenção da “boa relação” entre mídia e políticos da situação. Independente de ideologia, esta prática parecia ser normal no início do século passado. O próprio Getúlio - segundo apurou Lira Neto na biografia do político – enquanto presidente do Rio Grande do Sul (cargo equivalente ao de governador, atualmente), mantinha repasses mensais ao principal jornal do estado, que defendia os interesses do PRR, sigla a qual Vargas pertencia.

Quando a revolução, ou golpe, que levou Vargas à presidência chegou ao Rio de Janeiro, os revoltosos atearam fogo aos principais órgãos de imprensa vigentes á época: A Noite, Folha da Manhão Paiz, entre outros. Estes órgãos encobriram, até onde foi possível, a evolução do levante que vinha desde o Rio Grande até o Rio, por via férrea.

Outra curiosidade sobre a época, que diz muito a respeito do atual momento, é que é extremamente recorrente encontrar sobrenomes conhecidos por todos nós, hoje em dia, ocupando cargos relevantes na política de 1930. A família Collor, por exemplo. Presente no Congresso Nacional com os ascendentes mais antigos do ex-presidente Fernando Collor. Daí o fato da política ser cíclica: os atores são sempre os mesmo, nadando e se adaptando a mercê das correntes e marés.


Sem qualquer defesa política, mas é inegável que os dois únicos presidentes que tivemos, e que não possuem nenhuma ligação parental com outros ocupantes de cargos importantes na história do país, são Lula e Dilma. A renovação é extremamente importante, para que se oxigenem as instituições. Muitos defendem o fim da reeleição com este mesmo argumento. É um assunto polêmico que pode ser tema de uma próxima postagem.