É cortando o cabelo que eu começo a publicação de hoje, afinal a política não espera. Temos alguns assuntos sérios a tratar hoje, mas prometo que a dose de humor está garantida!
Você confiaria todo o seu poder de escolha e de decisão depositados em uma máquina? Sim, uma máquina que pudesse reunir todos os anseios mais íntimos da sociedade, todas as esperanças reprimidas de um país melhor e mais justo? Para os que responderam afirmativamente: parabéns, eis a urna eletrônica. Taxada como objeto sinônimo de segurança e credibilidade, a urna eletrônica veio para facilitar e assegurar o poder do voto. Como blog bom é blog que traz dúvidas, aqui vai uma: e se eu lhes dissesse que ela não é lá isso tudo? Ninguém duvida que a rapidez que a urna eletrônica trouxe para o processo eleitoral contribui imensamente pra estabelecer de vez a democracia tão sonhada pelos guerrilheiros dos anos de chumbo! Mas se o seu cartão é clonado na boca do caixa, não te dá medo pensar no que fazem com seu voto? Duvidem! Mais uma palavra de ordem que precisa ser levada a sério. Enquanto isso no país das maravilhas, Renan Calheiros assume a presidência, a moça diz que com o Bolsa Família não dá pra suprir a carência de uma sociedade necessitada de uma calça de grife e o Alckmin desconstrói todo o meu post-dica para o PSDB e diz que "o Serra é um bom candidato para 2014!" Alckmin, eu sei que você lê o meu blog e aqui vai uma dica: quando a sua digníssima avó lhe dava chá de boldo para a cura de qualquer mal, ela não estava propondo uma analogia à eleição e dando a entender ao PSDB que use o Serra para a cura de todos os males! Os anos da discoteca foram bons mas nem por isso você sai por aí usando calça de boca larga! Pra que usar o Serra de novo? Hoje o Partido ao Meio está meio revoltado com as "velhas receitas para a cura dos velhos problemas" e vai encurtar a postagem...até porque tem que ver se meu cabelo tá ficando bom! Mas antes de ir, preciso compartilhar com vocês uma frase que ouvi essa semana: "O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam!" - Arnold Toynbee. Boa noite!

Das centenas de faces que a política pode ter, a mais cruel delas talvez seja a injustiça. Já reparou que, para nós brasileiros - "velhos de guerra" no que diz respeito a casos de corrupção - não existem suspeitos? "Fulano de tal está sendo investigado por suposto esquema de desvio de dinheiro público!" "- Safado, ladrão!" Alô, atropelaram o "está sendo investigado" e no lugar colocaram "culpado por crime hediondo sem direito de defesa"! Não é crítica ao brasileiro, até porque seria um tiro no meu pé. Somos um povo tão acostumado com casos de corrupção, desvios de conduta e outras safadezas que pra gente, não há um meio termo. "Está envolvido, já é culpado!". Não importa se foi uma manobra da oposição para tirar os votos do cidadão ou uma maneira de derrubar mais um ministro da Dilma inventando coisas de qualquer natureza sobre o cara. Damos voltas e mais voltas e paramos no ponto de princípio: brasileiro é feliz, brasileiro é criativo, brasileiro é samba, futebol e carnaval!...quando o brasileiro vai ser curioso? Quando o brasileiro vai ser descrente? Somos descrentes quando um político chega na TV e diz que vai mudar o Brasil, mas descrença mais útil seria se nós investigássemos o camarada ACUSADO antes dele se tornar o camarada CULPADO. E queira Deus que ele não seja o "camarada culpado injustamente". Enfim, adendos ao tema principal à parte, vamos ao script! Lula no New York Times. Recentemente foi anunciado que o ex-presidente seria colunista do jornal americano, e não faltaram críticas. Me pergunto: se a Ticiane Pinheiro, bem casada, filha da garota de Ipanema, rica e estudada me aparece na TV dançando o quadradinho de oito(???) em rede nacional, é mesmo do Lula, proletário, com os estudos incompletos, que vai ser colunista de um jornal importante, que a gente tem que falar mal? De todos os erros de sua gestão, um crédito precisa ser dado ao ex-presidente: é um autêntico animal político! Lula disputou quase todas as eleições do Brasil pós-ditadura e, verdade seja dita, de política ele entende! Você, sem dúvida, se perguntou em meados de 2010 quem era Dilma Rousseff. Hoje, quase 3 anos após sua dúvida, lemos este nome estampado numa revista de grande prestígio internacional, anunciando-o como o nome da segunda mulher mais poderosa do mundo. O cara não entende de política? Ah bem! Portanto, a título de esclarecimento: o Partido ao Meio, mais uma vez, reivindica seu papel de neutralidade frente aos fatos políticos, mas é nosso dever "dar a César o que é de César". Poderíamos sim, colocar um FHC, um Itamar Franco(que Deus o tenha), poderíamos até mesmo colocar um Sarney com todos os seus títulos, mas a dúvida que paira sobre nossas cabeças: existe, dentro desse seleto grupo citado acima, algum nome que percorreu todas as classes socias de seu país? Que fez surgir uma mulher do ostracismo e a colocou no posto máximo da República, para o bem ou para o mal? De novo, "a César o que é de César", deixa o homem falar o que, por merecimento, ele entende! Cá está mais um post. Peço permissão dos leitores para deixar o assunto da urnas eletrônicas, prometido ontem através da página no Facebook, para o próximo texto. Por hoje é só!

Desassociar. Com essa palavra de múltiplos significados começo a postagem de hoje. Um tema polêmico que precisa ser discutido o quanto antes, antes que só discutir já seja uma medida em vão! Pra não deixar o bonde passar e você ficar aí imaginando coisas, coloquemos, pois, os pingos nos is. Desde que o menino Cabral saiu dos confins do velho mundo e cá chegou à procura de se dar bem, que a realidade não é outra. O Brasil insiste na ideia de ser um Estado laico. Bacana? Sim, se na prática funcionasse! Você certamente não vai ver demonstrações da religião influenciando a política quando o preço da cesta básica cai ou quando a gasolina do seu carro está mais cara. Mas vai que a sua namorada fica grávida e a escolha dela é abortar! Surge um padre e/ou um pastor condenando você de aceitar, ela de querer e seu governo de permitir! Só que os tempos mudaram e agora, além do padre e do pastor, tem um cara que insiste em dizer que te representa, falando que o que você está fazendo é errado. Prazer, congressista! O Brasil, em questão de poucos anos, se converteu de um Estado Laico/semicatólico-por-conveniência para um Estado com crescente apelo evangélico. Longe do Partido ao Meio julgar os prós e contras dessa conversão. Porém, é nossa obrigação revelar o que pode estar vindo por aí! Explosão de casos de pedofilia e abusos sexuais cometidos por representantes de ambas as religiões; uso abusivo do “poder de Deus dado aos homens de boa fé” influenciando decisões que afetam de budistas a agnósticos; passeatas e marchas cada vez mais cheias de pessoas que não sabem ao certo pelo quê estão reivindicando. O que importa para o governo a sua opção sexual? Em bom português, se me permitem: gay também paga imposto! Negro vai à escola e tem ateu que luta por um país muito melhor do que inúmeros religiosos querem. Entendam: não é, de forma alguma crítica a nenhuma religião. Pelo contrário, na época em que minha falecida avó me ensinava a rezar, religião funcionava de outra forma! Querer o bem e fazer o bem parece não ser mais o objetivo. Ou talvez seja, com pequenos adendos à regra: querer (o meu) bem e fazer (para o meu) bem. Preocupa perceber que estamos caminhando num túnel escuro e, a cada vez que uma luz se acende, surge dela um Marco Feliciano presidindo uma comissão que deveria proteger tudo que ele condena; surge um Jair Bolsonaro que insiste em afirmar que foi por muita educação que o filho não se converteu ao “boiolismo” e caso acontecesse a solução era “porrada mesmo”; surge um pastor que, até que se prove o contrário, convertia de maneira bem peculiar mulheres com “o grave problema do lesbianismo”. Por fim senhores, aqui vai um apelo: seja o que você quiser, seja católico, protestante, budista, seja até Power Ranger (segundo aquela piadinha infame que circula no Facebook), mas vá com a sua religião até onde o direito da minha existir começa! Ou até onde o meu direito de não ter uma se inicia. 

Segundo post tem que começar com agradecimentos! Depois de quase 200 visualizações em dois dias de blog no ar, me sinto até mais motivado a continuar...e ainda dizem que política não presta! O que não presta é o que fazem em nome dela! Enfim, obrigado a todos e vamo que vamo! Hoje, eu estava olhando inconscientemente pra TV, quando uma notícia atraiu minha atenção: "Convenção Nacional do PSDB elege Aécio Neves como novo presidente do partido". Pra explicar isso pra você, que se considera um leigo no assunto, não vai ser difícil. Sabe aquele momento em que você tá em casa, na tranquilidade do lar e o telefone toca? "Alô, Pedrinho? É a titia, escuta: tô indo conhecer seu apartamento novo, já saí de casa!" Você deu uma festa na noite anterior e tem anel de latinha de cerveja e guimba de cigarro até na pá do ventilador de teto. Você dá um jeitinho "à moda boi", esconde a sujeira, arruma a casa do jeito que dá e recebe a tia preferida! O que que isso tem a ver com o Aécio? Simples! Troque os personagens e imagine que o Pedrinho na verdade é o PSDB. A tia inconveniente é a eleição. E o apartamento sujo é como o Pedrinho - ou o PSDB, como queiram - se encontra no momento. A verdade sobre as coisas na política do Brasil(se não é muita pretensão da minha parte achar que sei a verdade) é que, desde que Fernando Henrique Cardoso deixou de ser o morador do Palácio da Alvorada, a oposição desaprendeu a ser oposição. A era Lula tomou para si tanta popularidade reprimida desde os tempos de Getúlio ou JK, que a oposição não soube lidar com o inesperado. Provavelmente o que aconteceu foi um "sentar na própria ratoeira", ou seja, de tanto os opositores de Lula falarem que o Brasil mergulharia numa crise sem precedentes caso ele fosse eleito, os próprios inventores desses boatos acabaram por acreditar que o que eles falavam era verdade. Em 2002 Lula assume e a oposição se vê dentro de seu maior pesadelo. E o pior, acordada! Voltando ao Aécio e a analogia do apartamento sujo, a oposição parece que tomou um choque de realidade e disse a si mesma: caramba, estamos em 2013, já se passaram 11 anos desde que emplacamos o último na cadeira da presidência, nossa popularidade diminui com a mesma velocidade que a deles cresce e a gente não sabe o que fazer! O jeito é fazer igual o Pedrinho: arrumar a casa do jeito que dá! E não deu outra: como lidar com o novo e o inesperado é o desafio do PSDB. Nada mais justo do que entregar as rédeas do partido para alguém com fôlego pra desempenhar tal função. Mas será? A pergunta que eu me faço é essa! Será mesmo que o que vamos ver em 2014 é a reformulação de um partido quase que obsoleto em um partido voltado para as questões modernas, para os adversários populares aqui dentro e lá fora? Veja bem, enaltecer o PT ou seus líderes está longe de ser a meta desse texto. Pelo contrário, ambos os partidos não possuem histórico consideravelmente bom para guiar esse país. Imagine esses dois partidos como dois candidatos a uma vaga na sua empresa. Quem você contrataria? Se a empresa fosse a minha eu provavelmente trabalharia até mais tarde e não contrataria ninguém. Afinal, se você contrata o candidato PT, com o tempo ele vai comprar todos os funcionários do andar com o seu dinheiro e voltá-los contra você. É o fim da empresa! Se você contrata o candidato PSDB, certamente ele vai ser um careca extremamente carismático - ou não - que tentará durante anos lhe convencer que todos os problemas têm a mesma solução: ele! Por fim, a dura realidade é essa! De um lado, um governo extremamente popular que, para desagrado de muitos acabou dando "certo", e de outro uma oposição cujo objetivo principal daqui para frente é se refazer e se achar como oposição. O pedido que faço em nome de milhões de brasileiros e das centenas de leitores do meu blog(que orgulho falar "centenas") é simples: pensem mais em quem realmente precisa ser pensado, ser ouvido. Parece pura utopia, e na verdade é, e na verdade não vai deixar de ser até que o sentimento do brasileiro deixe de ser "ah, mas esse político vai ver, uma hora volta!" e passe a ser "a hora disso tudo voltar chegou!". Boa Noite!

Olá a todos! Com prazer e auxílio luxuoso de amigos e colaboradores, volto a escrever sobre o que mais me dá prazer em falar: política! Espero atingir um grande número de leitores para que assim, um dia, eu possa me dirigir ao sofá do Jô! Brincadeiras a parte, a ideia de um blog em tempos onde todos são “leitores dinâmicos de Facebook” pode ser um tiro no próprio pé, mas se as coisas fossem fáceis, Chico Buarque não teria escrito Apesar de Você e o Roberto Carlos poderia estar aí andando sobre duas pernas e metade de suas músicas tristes não teriam sido feitas – até que não seria má idei...enfim!

Meu objetivo talvez seja dos mais árduos: convencer você leitor que sim, você é um animal político, e não tem como fugir disso! Nada pessoal chamar ninguém de animal, a intenção era citar Aristóteles e dar uma credibilidade ao blog. E falar de política citando animais, nos últimos anos, podemos considerar como uma ofensa canina, isso quando os animais usados injustamente não são os veados, os jegues, as antas...

O preview do blog é esse! Aqui, vou tentar falar do cotidiano de forma familiar pra gente que, como eu, gostaria que muita coisa que acontece no dia a dia não fosse mais “familiar”. Pra dar o pontapé inicial, quero falar do vizinho. Como assunto bom é sempre o assunto dos outros, a Argentina perdeu nessa madrugada o primeiro presidente militar do golpe de Estado. Jorge Rafael Videla morreu na prisão, enquanto cumpria pena perpétua pelos crimes cometidos durante o regime. Momento reflexão: dos nossos gloriosos comandantes do regime militar, podemos citar vários que estão cumprindo pena pelos crimes cometidos! Tem o...aquele baixinho, o....amigo do outro..! Pois é, como no Brasil reina o ditado do “quem não é visto não é lembrado”, vamos caminhando conhecendo um por um os guerrilheiros armados e fazendo questão de esquecer seus algozes. Afinal, vai que é um tio meu, um primo seu... Taí a Comissão Nacional da Verdade, cujo lema poderia ser facilmente "Julguem antes que morram". Aqui, pouca coisa muda. No sábado vai rolar um documentário da GloboNews com a entrevista de um dos homens de confiança de Médici e Geisel. O ministro Reis Veloso, que comandou uma das pastas da era Médici declarou para Geneton Moraes Neto ter dúvidas a respeito do referido presidente saber das torturas e crimes cometidos durante seu governo. Ah vá! Parafraseando um dos personagens fictícios de Jô Soares: "Diz-me com quem andas, se não for eu, não vou!" A diferença é que o ministro aí foi! O que não se entende aqui nessa Pasárgada as avessas, são as estranhas relações de poder. O Sarney provavelmente já tinha cargo público na primeira comunhão da minha avó. Queira Deus que na formatura do bisneto dela, não seja ele o presidente...de novo! Enfim, chega de opinião nessa sexta-feira pós fim de novela. A comoção toma conta do Brasil, seja pra matar a Glória Peres, seja para torcer - em vão - que "a próxima que vem aí é boa". Elas são sempre viciantes mesmo! Boa Noite.