quinta-feira, 23 de maio de 2013

Das centenas de faces que a política pode ter, a mais cruel delas talvez seja a injustiça. Já reparou que, para nós brasileiros - "velhos de guerra" no que diz respeito a casos de corrupção - não existem suspeitos? "Fulano de tal está sendo investigado por suposto esquema de desvio de dinheiro público!" "- Safado, ladrão!" Alô, atropelaram o "está sendo investigado" e no lugar colocaram "culpado por crime hediondo sem direito de defesa"! Não é crítica ao brasileiro, até porque seria um tiro no meu pé. Somos um povo tão acostumado com casos de corrupção, desvios de conduta e outras safadezas que pra gente, não há um meio termo. "Está envolvido, já é culpado!". Não importa se foi uma manobra da oposição para tirar os votos do cidadão ou uma maneira de derrubar mais um ministro da Dilma inventando coisas de qualquer natureza sobre o cara. Damos voltas e mais voltas e paramos no ponto de princípio: brasileiro é feliz, brasileiro é criativo, brasileiro é samba, futebol e carnaval!...quando o brasileiro vai ser curioso? Quando o brasileiro vai ser descrente? Somos descrentes quando um político chega na TV e diz que vai mudar o Brasil, mas descrença mais útil seria se nós investigássemos o camarada ACUSADO antes dele se tornar o camarada CULPADO. E queira Deus que ele não seja o "camarada culpado injustamente". Enfim, adendos ao tema principal à parte, vamos ao script! Lula no New York Times. Recentemente foi anunciado que o ex-presidente seria colunista do jornal americano, e não faltaram críticas. Me pergunto: se a Ticiane Pinheiro, bem casada, filha da garota de Ipanema, rica e estudada me aparece na TV dançando o quadradinho de oito(???) em rede nacional, é mesmo do Lula, proletário, com os estudos incompletos, que vai ser colunista de um jornal importante, que a gente tem que falar mal? De todos os erros de sua gestão, um crédito precisa ser dado ao ex-presidente: é um autêntico animal político! Lula disputou quase todas as eleições do Brasil pós-ditadura e, verdade seja dita, de política ele entende! Você, sem dúvida, se perguntou em meados de 2010 quem era Dilma Rousseff. Hoje, quase 3 anos após sua dúvida, lemos este nome estampado numa revista de grande prestígio internacional, anunciando-o como o nome da segunda mulher mais poderosa do mundo. O cara não entende de política? Ah bem! Portanto, a título de esclarecimento: o Partido ao Meio, mais uma vez, reivindica seu papel de neutralidade frente aos fatos políticos, mas é nosso dever "dar a César o que é de César". Poderíamos sim, colocar um FHC, um Itamar Franco(que Deus o tenha), poderíamos até mesmo colocar um Sarney com todos os seus títulos, mas a dúvida que paira sobre nossas cabeças: existe, dentro desse seleto grupo citado acima, algum nome que percorreu todas as classes socias de seu país? Que fez surgir uma mulher do ostracismo e a colocou no posto máximo da República, para o bem ou para o mal? De novo, "a César o que é de César", deixa o homem falar o que, por merecimento, ele entende! Cá está mais um post. Peço permissão dos leitores para deixar o assunto da urnas eletrônicas, prometido ontem através da página no Facebook, para o próximo texto. Por hoje é só!

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