Dezenove pontos no ibope foi a marca atingida pelo debate
presidencial ontem, transmitido pela Globo. Uma marca boa para a faixa de
horário. Um verdadeiro show, digno de uma campanha do Criança Esperança ou do
Show da Virada. Valeu a pena ficar acordado e assistir talvez o único programa
de utilidade pública do horário nobre!
Não que o
brasileiro estivesse esperando o debate para definir seu voto - pelo menos
espero que não, pois se aquele debate definiu algum voto, este se chama nulo! –
mas foi, sem dúvidas, mais uma oportunidade de encarar candidato por candidato
e entender o que se passa na cabeça deles, qual o tamanho da pretensão que cada
um tem ou de dizer que o país está ótimo ou que está péssimo e se tem a fórmula
mágica para o sucesso.
De um lado,
o semi projeto da direita brasileira chamado PSDB que, desde a ascensão e
consolidação do PT, vive dias de confusão mental e crise de identidade. Não
sabe o que é, a quê veio, para onde vai... Atrás dos tucanos, os candidatos “mijoritários”
que, sem medo de parecer leviano, acredito piamente que o único propósito de
estarem ali é minar o partido da situação. Ahhh, o partido da situação! O PT,
de todos estes, talvez foi o que mais sofreu com a gênese da existência
política. Aliás, peço desculpas ao conceito de “gênese”! Chamar de evolução o
que acontece por aqui não parece ser o mais adequado! Historicamente criado com
o intuito de representar o trabalhador na política, foi alvo de subtrações de
valor, e de valores($$). Um partido de ideais, cuja reputação ilibada agora
beira ao ufanismo. Não destaco o PSDB com a mesma ênfase, pois ninguém se
transforma numa coisa que sempre foi!
Mas vamos
nos ater ao debate! Entre aplausos infundados
à gestão FHC e troca de farpas que mais pareciam pedaços de madeira inteiros,
eis que num momento tenso Eduardo Jorge usa de seu direito de fala para incitar
Levy Fidélix a se desculpar com a população pela fala preconceituosa no debate
da Record, no último domingo. Fez o barulho que queria, mas se a intenção era
ouvir a desculpa, foi muito inocente!
Daí vem o
Aécio, movido a agressividade característica de um tucano que não sabe bem se
caiu no ostracismo ou se ainda tem chances de sobreviver, e levanta um vigoroso
dedo contra a candidata do PSOL, Luciana Genro. Esta, por sua vez, rapidamente
o repreende e a situação se controla. No mais, era Dilma que se defendia e
criticava o Aécio (sim, o Aécio! Das duas uma: ou o PT leu “O Segredo” e de
tanto acreditar que é mais fácil enfrentar Neves no segundo turno do que
Marina, já toma a possibilidade como real, ou sei lá...uma vontade de se
divertir), era Aécio que dominava a arte de rir nos momentos mais impróprios,
era Fidélix que interpelava Genro com uma autoridade patriarcal, vulgo esporro!
Aconteceu de
tudo um pouco neste debate. Mas a única coisa pra qual ele não serviu foi
esclarecer! Mente quem afirma que decidiu seu voto ontem (repito: a não ser que
a decisão tenha sido pelo Macaco Tião). Domingo é dia! É evento pra reunir a
família em torno do sofá e gritar gol, da janela, pra cada percentual
alcançado.
Vote no domingo,
faça o possível! Se é mudança que você quer, experimente focar no legislativo.
Presidente não muda nada, só dá a direção! Quando dá! O brasileiro pode provar
que é inteligente. Não votado no Aécio pra acabar com a Dilma, e vice-versa.
Mas pra entender que mais vale uma Dilma governando do que um Tiririca “palhaçando”.
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