sexta-feira, 3 de outubro de 2014

O DEBATE DOS ABSURDOS

Dezenove pontos no ibope foi a marca atingida pelo debate presidencial ontem, transmitido pela Globo. Uma marca boa para a faixa de horário. Um verdadeiro show, digno de uma campanha do Criança Esperança ou do Show da Virada. Valeu a pena ficar acordado e assistir talvez o único programa de utilidade pública do horário nobre!
Não que o brasileiro estivesse esperando o debate para definir seu voto - pelo menos espero que não, pois se aquele debate definiu algum voto, este se chama nulo! – mas foi, sem dúvidas, mais uma oportunidade de encarar candidato por candidato e entender o que se passa na cabeça deles, qual o tamanho da pretensão que cada um tem ou de dizer que o país está ótimo ou que está péssimo e se tem a fórmula mágica para o sucesso.
De um lado, o semi projeto da direita brasileira chamado PSDB que, desde a ascensão e consolidação do PT, vive dias de confusão mental e crise de identidade. Não sabe o que é, a quê veio, para onde vai... Atrás dos tucanos, os candidatos “mijoritários” que, sem medo de parecer leviano, acredito piamente que o único propósito de estarem ali é minar o partido da situação. Ahhh, o partido da situação! O PT, de todos estes, talvez foi o que mais sofreu com a gênese da existência política. Aliás, peço desculpas ao conceito de “gênese”! Chamar de evolução o que acontece por aqui não parece ser o mais adequado! Historicamente criado com o intuito de representar o trabalhador na política, foi alvo de subtrações de valor, e de valores($$). Um partido de ideais, cuja reputação ilibada agora beira ao ufanismo. Não destaco o PSDB com a mesma ênfase, pois ninguém se transforma numa coisa que sempre foi!

Mas vamos nos ater ao debate!  Entre aplausos infundados à gestão FHC e troca de farpas que mais pareciam pedaços de madeira inteiros, eis que num momento tenso Eduardo Jorge usa de seu direito de fala para incitar Levy Fidélix a se desculpar com a população pela fala preconceituosa no debate da Record, no último domingo. Fez o barulho que queria, mas se a intenção era ouvir a desculpa, foi muito inocente!
Daí vem o Aécio, movido a agressividade característica de um tucano que não sabe bem se caiu no ostracismo ou se ainda tem chances de sobreviver, e levanta um vigoroso dedo contra a candidata do PSOL, Luciana Genro. Esta, por sua vez, rapidamente o repreende e a situação se controla. No mais, era Dilma que se defendia e criticava o Aécio (sim, o Aécio! Das duas uma: ou o PT leu “O Segredo” e de tanto acreditar que é mais fácil enfrentar Neves no segundo turno do que Marina, já toma a possibilidade como real, ou sei lá...uma vontade de se divertir), era Aécio que dominava a arte de rir nos momentos mais impróprios, era Fidélix que interpelava Genro com uma autoridade patriarcal, vulgo esporro!

Aconteceu de tudo um pouco neste debate. Mas a única coisa pra qual ele não serviu foi esclarecer! Mente quem afirma que decidiu seu voto ontem (repito: a não ser que a decisão tenha sido pelo Macaco Tião). Domingo é dia! É evento pra reunir a família em torno do sofá e gritar gol, da janela, pra cada percentual alcançado.


Vote no domingo, faça o possível! Se é mudança que você quer, experimente focar no legislativo. Presidente não muda nada, só dá a direção! Quando dá! O brasileiro pode provar que é inteligente. Não votado no Aécio pra acabar com a Dilma, e vice-versa. Mas pra entender que mais vale uma Dilma governando do que um Tiririca “palhaçando”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário