"[...]Precisamos oxigenar o nosso sistema político. Encontrar mecanismos que
tornem nossas instituições mais transparentes, mais resistentes aos
malfeitos e, acima de tudo, mais permeáveis à influência da sociedade. É
a cidadania, e não o poder econômico, quem deve ser ouvido em primeiro
lugar.[...]" - Trecho extraído do discurso da Presidente(a) Dilma
para a TV e o Rádio, destinado à esclarecer a posição do governo em
relação aos crescentes protestos que vêm ganhando força no país.
Preciso,
de forma imperativa mesmo, esclarecer um grande equívoco já no início
desta postagem: o país está no meio de um turbulento e aguardado
processo de mudanças. ""Destronar" a máxima representante do poder
executivo de seu cargo é, sem dúvida, um grande erro que alguns, de
maneira ingênua, ainda sustentam como opção para o Novo Brasil.
Recentemente saíram pesquisas de aprovação tanto pessoal quanto do
governo da presidente. Quedas vertiginosas e sucessivas trazem à tona o
descontentamento da população com a governante. Com a governante?
Espere, com a classe política como um todo; é só analisar as pesquisas
que tratam de julgar o desempenho de governadores e prefeitos.
Destronemos todos, então! Viva a anarquia! É um erro! Ninguém arruma uma
casa colocando-a abaixo e construindo uma nova. No máximo, o que se faz
é arrastar uma mesa aqui, trocar um quadro dessa parede para a outra,
ou até mesmo trocar um móvel. O país, no momento, precisa disso: trocar
seus móveis! Os protestos já acumulam importantes conquistas. Estamos
vendo um congresso trabalhar (sim, leitor estrangeiro! Pra você pode
parecer estranho, mas é que aqui, o nosso nunca foi muito adepto dessa
maneira de conseguir dinheiro: trabalhando!), opiniões populares serem
ouvidas, e mais que isso, fazerem diferença! Mas é preciso mais! Ainda,
por incrível que pareça, se eu lhe chamar para um passeio pelas
galerias da câmara federal, vamos encontrar aquele deputado que foi pego
com dinheiro na cueca. Se nosso passeio se estender ao senado,
encontraremos aquele moço, coitado, que só não deve ter limpado o salão,
mas todas as outras funções ele já ocupou. De presidente à deputado.
Coloco em foco a frase que estampa a capa deste blog: os velhos de
Brasília não podem ser eternos!
Falando do plebiscito, agora! Pra você
que não sabe nem soletrar a palavra ou pra você que já sabe até como
votar, mesmo sem as opções definidas: é hora de colocar a cara na rua de
novo. Já foi uma vitória tremenda incitar a convocação da opinião
pública em forma de uma consulta popular, agora é hora de fazer com que
nossas perguntas sejam ouvidas. Ou melhor, nossas respostas! A
Presidente enviou ao Senado Federal sua sugestão de plebiscito. Em suma,
seguem os temas abordados por ela para promoção da reforma política:
Financiamento das campanhas; Coligações Partidárias; Suplência no
Senado; Fim do voto secreto; Definição do sistema eleitoral. Chamo sua
atenção, leitor para dois desses temas, sem desmerecer os outros:
definição do sistema eleitoral e financiamento de campanhas. Falando do
primeiro: a proposta é intervir na escolha direta que o povo faz de seus
representantes. Atualmente, PASME, você pode colocar alguém no
congresso que não recebeu votos suficientes para isso. Com essa medida, é
gerado um quociente eleitoral para partidos e candidatos que define a
quantidade de cadeias ocupadas por cada partido. Portanto, se o Tião do
fim da rua resolve se candidatar para um cargo eletivo pelo PLA -
Partido dos Ladrões Anônimos, ele pode carregar uma galera com ele, que
você nem conhece. Portanto, a discussão gira em torno de mudar esse
sistema através do voto por maioria simples (vence o mais votado), ou
através de outras opções que podem ser encontradas na internet. Em
relação ao segundo tema: financiamento das campanhas! Para mim, que sou
um mero blogueiro, parece tão óbvia a necessidade de conter qualquer
gasto da união com campanhas, que as outras opções parecem até piada.
Com todo respeito à sua gama de contatos, prezado leitor, vá perguntar
ao Obama como ele financiou sua campanha. Muito jantar com mesa valendo
100 mil dólares, muito encontro com empresário rico, ou seja,
financiamento de gente que acreditava no candidato, e não financiamento
de gente que nem sequer acredita na política! Ainda temos muito a
discutir a respeito desse plebiscito, mas, por hora, deixo sua cabeça
trabalhando com essas ideias. Nos falamos em breve!
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