segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pense no acordar! Agora reflita a respeito do "acordar em uma manhã de segunda chuvosa"! Nada agradável para quem tem um dia inteiro de trabalho pela frente. Pior ainda para a maior parte  da população que, como eu, enfrenta o desafio do transporte público. No século XXI acredito que nossas condições de transporte público deveriam ser menos precárias, afinal, o século da sustentabilidade, da consciência ambiental, da preservação, deveria fazer com que refletíssemos a respeito de banir a individualidade poluidora dos carros e engrossar a massa das soluções coletivas. O Partido ao Meio está muito solidário com os habitantes da "cidade que nunca dorme". Com o passar das décadas, São Paulo se tornou centro de aglomeração urbana, política e cultural. Hoje começou a valer em todo o estado, a nova tarifa do transporte público.Certamente o que veremos durante toda a semana será a eclosão de protestos por todo o território, onde populares indignados hastearão a bandeira dos direitos dos menos favorecidos em prol de melhores condições. E daí para falarem de casa popular, esgoto e água tratados e político corrupto é um pulo! E estão certos. Na verdade, o que São Paulo está experimentando é o retrato do que acontece em outras tantas capitais do país que, de maneira bastante injusta e sem explicação, têm suas tarifas aumentadas sem que haja nenhum repasse no que se refere a qualidade do serviço prestado. Quem nunca entrou num ônibus e teve de ceder o lugar para a gestante ou pro idoso? E sim, pode contar as vezes em que você, leitor, fingiu estar dormindo para não arcar com o ônus da cidadania! Quem nunca enfrentou horas em pé num coletivo, sustentado pela união das forças de equilíbrio dos outros passageiros (em bom português: ônibus lotado)? Quantos de nós não ficamos expostos todos os dias ao humor de motoristas ensandecidos que, no caso de São Paulo, pensam estar em Interlagos competindo com a escuderia rival, que na verdade é representada pelo motorista da outra empresa? Reparem que não estou levando a discussão para o lado da segurança, afinal, como dizia Russo: "e o que foi prometido, ninguém prometeu"! Mas como o blog se propõe discutir política, preciso me ater aos fatores políticos que levam a essa injustiça. Certa vez um professor, em sala, explicou à turma de maneira bem didática, o que ocorre por trás do aumento das tarifas. Imagine o político A, no poder, em uma mesa com o representante B das companhias de transporte público. B quer reajustar o valor das passagens de R$2 para R$3. A, num lampejo de dignidade e defesa dos direitos de seus eleitores sugere: "Prezado B, você não quer aumentar para R$3, você quer aumentar para R$4! Eu, de maneira "salvador da pátria", entro na jogada indo à público manifestar meu repúdio em relação a tarifa abusiva que as empresas querem cobrar, e mais: garantindo a população que o governo não aceitará um valor maior que R$3. No fim das contas você sai feliz com seus R$3 e eu com o apoio das massas vetando os R$4". Pois é, parece que no fim das contas tudo começa e termina em política. A diferença é que, felizmente, as massas não estão mais aceitando tão facilmente essa "salvação" vinda do governo. Talvez, finalmente, seja o povo lutando pelo povo, para garantir o que deveria ser do povo. Peço permissão, leitor, para chamá-lo de eleitor neste momento: por favor, assim como em outras postagens, o interesse do Partido ao Meio não é lhe matar de amores pela política, mas entenda que acima disso você precisa ser curioso e ter boa memória. Antes de reeleger o cara que "tira do seu e bota no dele" pesquise a vida do sujeito! Véspera de eleição é igual final de copa do mundo: é tudo lindo, "vamos viver o hoje, que o amanhã a gente dá um jeito", "eu pinto meu muro de verde, você pinta o seu de amarelo". É simples: ninguém pinta um muro rachado. Não seja o primeiro, conserte seu muro, ou pelo menos me ajude a consertar o nosso.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário